Na rede

sexta-feira, janeiro 17, 2003

Lula e o software
A escolha que pode determinar o futuro digital no Brasil

A turma do Metáfora , através
do Gasli (Grupo de Argumentação
para o Software Livre), não para de buzinar para todos os cantos que
o momento é importante e exige mobilização alerta. Do outro
lado já existe a tal Coalizão
pela Livre Escolha de Software
, iniciativa da Camara-e.net
(Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) que "lutará
para impedir que a adoção de software livre se torne uma política
pública de governos municipais, estaduais e federal
".


O debate está quente, e vale à pena checar a real argumentação.
De um lado pode-se conferir artigo
de Marcelo Branco
, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS),
responsável pela implantação de redes de sistemas livres
na instituição de ensino localizada num estado cujo governo adotou
o software livre como linha de frente de uma política pública
de desenvolvimento da informática; do outro está Eduardo
Campos de Oliveira
, gerente de servidores da Microsoft do Brasil.


Artigo
de Rafael Evangelista
no Obsevatório
dá uma boa visão da situação:



"Atrás do que parece ser uma simples disputa entre profissionais
especializados, que buscam enfatizar a excelência e a adequação
de duas tecnologias diferentes e nas quais são especialistas, esconde-se
um enfrentamento mais profundo, de dois grupos profissionais que parecem carregar
consigo visões de mundo e ideologias diferentes e

opostas."



A Ecologia Digital percebe que a solução não está
unicamente em um ou outro caminho, mas identifica que lobbys corporativos milionários
têm influenciado as políticas públicas nos últimos
anos no Brasil em favor do software propietário. Portanto, é engraçado (para não dizer outra
coisa) ver esta coalizão
pela livre escolha
tentar impedir que a nova ideologia eleita democraticamente
utilize de seus intrumentos de implementação de políticas
públicas nas questões relativas ao futuro digital do país.


Ou como diria o Joelhasso, "livrescolha
o caralho
".